O conceito de natureza foi sendo construído ao longo da evolução da sociedade e teve diferentes significados para os diversos grupos humanos. No mundo ocidental, a civilização aprendeu a separar o natural do social, a selvageria da civilização, a barbárie da órdem e do progresso.
Através do antropocentrismo, que colocava o homem como centro do universo, realizou-se um afastamento da desordem e do caos da natureza, caminhando para um mundo regido por regras, controles e conhecimentos comandados pelo homem. Caminhou-se, seguramente, para uma separação do homem em relação à natureza no plano do pensamento e evolução da teoria e do conhecimento científico.
A partir desse paradigma, a ciência avançou e, com ela, o regime capitalista. No século XVIII nasceu a Revolução Industrial, acompanhada de uma profusão de invenções e inovações, que permitiram uma exploração mais intensiva dos recursos naturais.
Para que o sistema capitalista continuasse a crescer, impulsionado pela Revolução Industrial, tornou-se necessário mais investimentos para a ampliação de suas fábricas e a busca por novos mercados consumidores, para que se obtivesse um lucro cada vez maior. A natureza passou a ser vista cada vez mais como fonte de matérias-primas para o funcionamento das indústrias. Conseqüentemente, houve um aumento da degradação ambiental.
A natureza foi e continua sendo essencial para a manutenção do sistema capitalista. Mas a extração dos recursos naturais continua sendo feita sem preocupação com o ritmo natural de reposição da natureza. As conseqüências desse modelo político-econômico de ocupação do espaço são extremas e não atigem mais somente o mundo ocidental. Hoje vivemos uma crise com extensão mundial. Ocasionada pela visão fragmentada do homem em relação à natureza.
REFERÊNCIAS
ZAHLER, P. M. Capitalismo e meio ambiente. Disponível em: < http://defesavegetal.blogspot.com/2006/06/capitalismo-e-meio-ambiente.html> Acesso em: 01 jun. 2008.
Jornal de debates. Natureza x capitalismo= Aquecimento global. Disponível em: < http://www.jornaldedebates.ig.com.br/index.aspx?cnt_id=15&art_id=7565> Acesso em: 01 jun. 2008.
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