Gente em tudo que é lado, não é mesmo? Nas ruas, nos ônibus, nos bares, nas casas, nos supermercados. Meu pai comenta comigo que a culpa é de falta de planejamento e muito interesse financeiro, alem de ingenuidade de muita gente. Ele explicou direitinho: mais ou menos assim: carinha mora lá no interior do mundo, muito campo, verde, esquilos, vacas, esterco, flores, árvores. Tem vida boa. Família unida. Levantam cedo, dormem cedo. Comem bem, comida sem agrotóxico. Ficam juntos, de manha à noite. Meu pai contou esta história, para resumir o que ocorreu com o campo e as cidades. Eu me interessei. Pois bem. Esta família vivia bem, la no campo. Sabia que iria chover, pelo vento. As mariposas, em determinada hora, queria dizer sol no dia seguinte. Assim, de forma geral. Liam o futuro nas folhas, nas águas. Coisa de emocionar. Meu pai contanto, vocês precisam ver. Um dia, explica meu pai, chegou o vendedor de televisor. Todo mundo admirado. O povo ia na armazém, o único lugar com eletricidade. Era novelas, filmes, programas noturnos sedutores. A ilusão de cores, luzes. A falsa sensação de sucesso das cidades. Asfalto, prédios. E aquela família começou a achar que não era feliz. E o campo para elas, era algo atrasado. Venderam as terras para o homem que vendeu o televisor. A um preço de banana. Vieram para cidade e o resto da historia, diz meu pai, já sabemos. Miséria, desemprego, pessoas nas ruas, sem ter onde morar. Meu pai falou que não foi só isso, claro. Mas que isso teve uma influencia em tudo. O campo vindo para cidade. Mas também teve a “sanha”, foi esta palavra que ele usou, a sanha de empresários e governos sem visão de futuro. Que desprezaram o transporte coletivo e investiram somente no individual; deixaram de lado obras de infraestrutura nas periferias das grandes cidades e só investiram no centro das cidades. Onde cercaram com muros os privilegiados. Mas tem muito mais, muito mais. Violência urbana que destruiu as praças. Meu pai conta que há 50 anos, as pessoas se conheciam pelo nome, mesmo em grandes cidades. Mas as casas foram destruídas e apartamento é o “cumulo do isolamento, as pessoas vivem sobre outras e mal se conhecem”, diz ele. Com a internet, que meu pai chama de “conversações Globais”, pode parecer que o isolamento aumentou. Mas por outro lado podemos desenvolver ideias como esta, em redes sociais, twitter, email e tal. E isso faz a gente ter esperança em cidades melhores, mas humanas e amorosas, em que as pessoas dividam o conhecimento. Assim, como faço com a minha família. Mas em um espaço planetário. Uma família, muito, muito maior. |
Texto escrito pela aluna Manuela Corrêa Fernandes do 2º ano D da Etevi.
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